Salomão Ésper fala do rádio de ontem e de hoje
Como antecipamos aqui neste blog, Salomão Ésper (foto) foi o segundo convidado da série de entrevistas com os profissionais da casa no Sofá Bandeirantes. O quadro é apresentado aos domingos, por volta de 23 horas, dentro do Bandeirantes Acontece e tem a condução do jornalista Paulo Galvão.
Ouça o boletim Radioescuta Peças Raras que destaca um trecho da entrevista. Aqui Salomão faz um paralelo entre a força das emissoras dos anos 50, quando ingressou no meio, e o grande número de prefixos que disputam a audiência nos dias de hoje.
Contexto:
A partir da década de 1930, o rádio se torna o principal meio de comunicação brasileiro tanto para o público como para o mercado publicitário. Na década de 1940 e durante boa parte dos anos 50, a força desse meio de comunicação se torna ainda maior com a repercussão das cantoras do rádio, das radionovelas, programas jornalísticos como o Repórter Esso e transmissões esportivas.
Quando surge a TV, que no Brasil aproveitou grande parte das atrações e dos profissionais do rádio, foi preciso encontrar um novo rumo para sobreviver. A agilidade e a segmentação, além da mobilidade (que permite ao rádio estar em qualquer lugar a qualquer momento) deram novo fôlego à comunicação do meio.
Parecia que o rádio tinha reencontrado seu rumo. Eis que os sucessivos governos brasileiros - sobretudo o de Sarney com seu ministro das Comunicações Antonio Carlos Magalhães - passaram a distribuir concessões levando em consideração pura e simplesmente critérios políticos. Isto colocou emissoras em mãos de pessoas que não entendem nada de comunicação, o que saturou mercados e baixou o nível de profissionalismo do meio.
As saídas foram a formação de redes via satélite (o que trouxe novamente os grandes anunciantes e suas campanhas em nível nacional para o rádio) e a criação dos grandes conglomerados, como o Sistema Globo e o Grupo Bandeirantes.
Como fica claro na reflexão de Salomão Ésper, hoje, apesar da força do rádio, com a distribuição indiscriminada de freqüências, não se tem mais uma emissora forte em todo o território nacional. O curioso é que há casos em que emissoras do mesmo grupo acabam dividindo um mesmo segmento de mercado. Com isso, o rádio voltou a ser o principal meio de comunicação do nosso país, principalmente nas grandes metrópoles e seus congestionamentos intermináveis, mas a verba publicitária ainda não acompanhou esta retomada. É cada vez maior a tendência ao fortalecimento dos grandes grupos que são os que conhecem e trabalham melhor, na maioria das vezes, a linguagem radiofônica.
Ouça mais:
Edição completa do Sofá Bandeirantes com Salomão Ésper (site da Rádio Bandeirantes)
Ouça o boletim Radioescuta Peças Raras que destaca um trecho da entrevista. Aqui Salomão faz um paralelo entre a força das emissoras dos anos 50, quando ingressou no meio, e o grande número de prefixos que disputam a audiência nos dias de hoje.
Contexto:
A partir da década de 1930, o rádio se torna o principal meio de comunicação brasileiro tanto para o público como para o mercado publicitário. Na década de 1940 e durante boa parte dos anos 50, a força desse meio de comunicação se torna ainda maior com a repercussão das cantoras do rádio, das radionovelas, programas jornalísticos como o Repórter Esso e transmissões esportivas.
Quando surge a TV, que no Brasil aproveitou grande parte das atrações e dos profissionais do rádio, foi preciso encontrar um novo rumo para sobreviver. A agilidade e a segmentação, além da mobilidade (que permite ao rádio estar em qualquer lugar a qualquer momento) deram novo fôlego à comunicação do meio.
Parecia que o rádio tinha reencontrado seu rumo. Eis que os sucessivos governos brasileiros - sobretudo o de Sarney com seu ministro das Comunicações Antonio Carlos Magalhães - passaram a distribuir concessões levando em consideração pura e simplesmente critérios políticos. Isto colocou emissoras em mãos de pessoas que não entendem nada de comunicação, o que saturou mercados e baixou o nível de profissionalismo do meio.
As saídas foram a formação de redes via satélite (o que trouxe novamente os grandes anunciantes e suas campanhas em nível nacional para o rádio) e a criação dos grandes conglomerados, como o Sistema Globo e o Grupo Bandeirantes.
Como fica claro na reflexão de Salomão Ésper, hoje, apesar da força do rádio, com a distribuição indiscriminada de freqüências, não se tem mais uma emissora forte em todo o território nacional. O curioso é que há casos em que emissoras do mesmo grupo acabam dividindo um mesmo segmento de mercado. Com isso, o rádio voltou a ser o principal meio de comunicação do nosso país, principalmente nas grandes metrópoles e seus congestionamentos intermináveis, mas a verba publicitária ainda não acompanhou esta retomada. É cada vez maior a tendência ao fortalecimento dos grandes grupos que são os que conhecem e trabalham melhor, na maioria das vezes, a linguagem radiofônica.
Ouça mais:
Edição completa do Sofá Bandeirantes com Salomão Ésper (site da Rádio Bandeirantes)
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