Museu Virtual 2: Jandira Salvadori e o rádio dos anos 1960




Por Victoria Salvadori Roman

O relato que você acompanha acima foi gravado no dia 29 de março de 2020 com minha avó materna, Jandira Salvadori. Nele, ela conta como foi sua experiência com o rádio quando ainda era criança, por volta do ano de 1960.


Ela tem uma memória afetiva muito grande e boa pelas músicas da época que tocavam nas rádios e menciona grandes nomes da música que costumava ouvir, como Francisco Petrônio, Francisco Alves, Ângela Maria, Roberto Carlos, Martinha e entre outros.

Em Taubaté, cidade onde passou toda a sua infância, as rádios mais famosas da época eram a Difusora e a Cacique, as quais ela escutava todos os dias com suas irmãs, que ligavam para as emissoras para pedir suas músicas favoritas, assim como as pessoas ainda fazem hoje em dia.

Um dos aparelhos que acompanhou as imaginações de Jandira Salvadori
Mais de uma vez ela chegou a ir com suas amigas ou irmãs até a Rádio Cacique de Taubaté no programa de calouros para cantar músicas que gostavam. Jandira relata detalhadamente como era a experiência de gravar dentro do estúdio de gravação dessa rádio.

Era através do programa A Voz do Brasil que ela e sua família ficavam sabendo das notícias do Brasil e do mundo. Ela conta do dia que recebeu a notícia da morte de Francisco Alves, um dos seus cantores favoritos, que sofreu um acidente de carro na Dutra próximo a Taubaté, cidade onde ela morava, e conta que ficou arrasada com o ocorrido.

Um dos pontos mais interessantes deste relato é quando ela fala sobre como era acompanhar os grandes sucessos das radionovelas da época, e enfatiza o poder da imaginação que esses programas proporcionavam para os ouvintes, somente através de sons.

Ela conta também sobre a saga da procura por sinal, que ela e suas irmãs andavam com as antenas da rádio pelo quintal da casa até encontrarem sinal.

Um fato curioso desse relato é que ela me diz que, apesar da paixão que ela tinha pelo rádio durante a sua infância, hoje em dia ela não costuma mais ouvir nem acompanhar as rádios, muito por conta do grande número de propaganda e pelo novo conteúdo em si.

Nos últimos 7 minutos de relato, meu tio, Leonardo Salvadori, entra para conversar com a gente também e apesar de ele não ter tido esse contato com o rádio da mesma forma que minha avó teve, ele é um grande entusiasta de história no geral e nos conta como foi a decadência da rádio no Brasil e no mundo.  






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