Professora Lisete Arelaro, defensora da escola pública, morre aos 76 anos

 

Em 2018, professora participou do debate sobre os 30 anos da Constituição Cidadã, na série Diálogos Gigantes, do podcast do Instituto Claro (Foto: Daniel Grecco)

Em setembro de 2018, o Instituto Claro colocou no ar, no portal dedicado à Cidadania, a série de podcasts "30 anos da Constituição e os dias de hoje" marcou o início das publicações de áudios no canal. No episódio sobre Educação, tive a oportunidade de conhecer melhor o pensamento da professora Lisete Arelaro em defesa da educação pública gratuita, laica e de qualidade. A conversa, que foi gravada no auditório do IPUSP (Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo), contou ainda com as participações de Christian Dunker, Daniel Cara e de Letícia Couto (que dividiu a apresentação comigo). O áudio pode ser ouvido no player abaixo.

A professora morreu na noite deste sábado (12). Ela estava em tratamento por causa de um câncer de estômago. 

Arelaro começou sua atuação na USP em 1968. Como doutoranda, passou a integrar o quadro de docentes da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP). Com atuação marcante, recebeu o título de Professora Emérita da universidade em junho do ano passado. 

Pedagoga e doutora em educação, a professora foi candidata ao governo de São Paulo pelo PSOL e fez parte da equipe de Paulo Freire na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo na gestão de Luiza Erundina, entre 1989 e 1992. 

Em dezembro de 2020, ela também participou de outro episódio do Instituto Claro. Desta vez, no canal de podcasts de Educação, para falar sobre a expectativa que havia do aumento da evasão escolar, diante da dificuldade de estudantes das escolas públicas acompanharem as aulas online. Você pode ouvir este áudio neste link. 

O velório está sendo realizado hoje, dia 13 de março, nas dependências da Faculdade de Educação, na Cidade Universitária, até às 20h, de onde seguirá para o Crematório da Vila Alpina (Av. Francisco Falconi, 437, Jardim Avelino, São Paulo).

Da esquerda para a direita: Letícia Couto e Desirèe Luíse Lopes Conceição e eu (da equipe do Instituto Claro); Lisete Arelaro, Daniel Cara e Christian Dunker (Foto: Daniel Grecco)