Fernando Meirelles respira novos ares e quer contar a história mais importante de todas: a do Planeta Terra
Cineasta
e ambientalista tem se dedicado ao replantio de florestas há mais de uma década
![]() |
Fernando Meirelles durante a entrevista para o Instituto NET Claro Embratel, na sede da O2 Filmes (Foto: Paulo Sene) |
Clique aqui e ouça um podcast em que entrevisto o "cineambientalista" Fernando Meirelles
Um profissional que é considerado o
mais bem-sucedido em seu meio decide investir em um novo ambiente. É quando
descobre sua principal natureza. Essa poderia ser a sinopse para um filme sobre a vida de Fernando Meirelles, que tem respirado outros
ares.
O que faço pra melhorar o mundo?
Não sei se eu tento melhorar o mundo,
eu tento não intensificar o problema,
pelo menos ser mais solução do que problema”.
(Fernando Meirelles, ao Instituto NET Claro Embratel)
Não é
todo mundo que sabe, mas, além de reconhecido cineasta, Fernando Meirelles é
ambientalista. Hoje, aos 62 anos, está mais voltado ao meio ambiente do que às
telas. Nas últimas duas décadas, adquiriu fazendas no interior de São Paulo e
de Minas Gerais. Nelas, dedica-se a plantar mogno em larga escala e a recuperar
matas ciliares e reservas legais com árvores de espécies nativas. Meirelles
defende que “replantar florestas é o modo mais rápido, simples, eficiente e
barato de mitigar o aquecimento global”.
O jovem
que planejou estudar Biologia e se especializar em
Oceanografia, no Instituto de Jacques Cousteau, acabou entrando para a FAU –
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Foi lá que começou a compreender a cidade
como um ser vivo. E essa percepção foi aumentando até que em 2006
começou a refazer uma mata ciliar em uma de suas fazendas. “Do interesse por
árvores e florestas, cheguei ao clima”.
No vídeo acima, Meirelles comenta sobre a abertura das Olimpíadas no Brasil
No vídeo acima, Meirelles comenta sobre a abertura das Olimpíadas no Brasil
Atualmente,
o “cineambientalista” está cada vez mais empenhado em ser parte da solução e
não do problema. “Minha ação é plantar, encher a fazenda de árvore, porque isso
captura carbono. Tenho 30, 40 mil árvores plantadas que já estão compensando
todo o consumo da minha vida, mas também uso painel solar, carro elétrico e fui
mudando muitas coisas.”
Morando
em Carapicuíba, em meio à natureza, o diretor de filmes de sucesso como “Cidade
de Deus” (adaptado de livrode Paulo Lins) e “Ensaio Sobre a Cegueira” (baseado na obrade José Saramago) tem se
voltado mais a produções para TV, filmes e multimídias que abordam temas
relacionados à Cidadania e ao Meio
Ambiente, como é o caso do projeto “Eu sou Amazônia”. trabalho foi um
convite do Google Earth, que estava lançando uma plataforma nova, o Navigator,
na qual o internauta clica e assiste histórias.
Para o lançamento desta plataforma na América
Latina e no Brasil, Meirelles foi convidado a ser o curador do projeto que
envolveu cerca de 150 profissionais. Como resultado foram produzidos 26 filmes
cujas histórias retratam a cultura e a vida na região amazônica, incluindo desde a culinária até soluções que as
tribos estão encontrando para manter a floresta viva.
Apaixonado pelo que faz e pelo
mundo em que vivemos, ele sintetiza a grandiosidade do projeto: “Eu sou
Amazônia é sobre a conexão entre as pessoas e o planeta.”
![]() |
Meirelles durante a entrevista (Foto: Paulo Sene) |
Comentários
Descrevi, sem consulta, a abertura do programa que fez minha infância ser uma infância.
A velha fiava, o Arinelson ancorava, Charlene reportava, Cacilda proseava, Molibdênio escutava, Dalila encantava, Máscara investigava, Nina inventava, Família Teodoro desafiava, Euclides desconfiava, Ssssílvia silvava, 0 pilotava (e 00 caçava), Esfinge perguntava, Dr. Barabatana parabenizava, Prof. Miguilim experimentava, Tibúrcio ensinava...
Um programa sensacionalhoso, espetacular et muitas ceteras.
Com porcos, mostrava os benefícios do banho; com abelha no microfone, atrai pessoas.
E tem mais um porrada de gente pra colocar de pé, mesmo que para isso seja necessário sentar para ouvir as histórias.
Contar até 10 com um grupo meio blues, mas com roupas pink.
Contar histórias de dinossauros usando rolo de papel higiênico.
Contar tudo, mas só com mímicas.
Abujamra, Carlos Moreno, Norival Rizzo... Só a nata da nata. Na verdade, o trabalho saia naturalmente. Ou seja, a nata dos natos.
Professor, se possível, passe essa minha admiração ao egrégio Fernando Meirelles.
Tenho inveja desse notebook, microfone, rascunhos e janelas que foram testemunhas desse encontro.
E, se pude voltar ao meu tempo de criança, findo essa mensagem voltando a música. Ou seja, ao cara do Rá-Tim-bum, deixo os meus Parabéns!
Grande abraço e obrigado pela sintonia.