Escola usa radionovela como estímulo à leitura
Com criação e
produção, alunos ainda aprimoram vocabulário e escrita
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O diretor Giba Pedroza auxilia as aulas de língua
portuguesa da professora Maria Ângela Biazin, para a realização das
radionovelas com os alunos do 5º ano da Escola La Fontaine (Crédito: Marcelo
Abud)
O
conto tradicional brasileiro “Bicho de palha”, a fantástica narrativa de “O
Valente soldadinho de chumbo”, de Hans Christian Andersen, a incrível história
de “A bruxa da rua Mufetar”, publicada no livro “Contos da Rua Broca”, de
Pierri Gripari. Essas são algumas das adaptações que saem das páginas da
literatura e ganham voz e sons em radionovelinhas de contos infantis.
Em
um estúdio de rádio montado na Escola La Fontaine, de Jundiaí, alunos do 5º ano
do ensino fundamental se dividem entre narradores, atores e uma grande equipe
de sonoplastia e sonorização, “que é uma lindeza”, segundo Pedroza. A turma também se
envolve com a escolha e adaptação dos textos clássicos da literatura infantil e
juvenil, que são divididos em quatro capítulos nas “radionovelinhas”.
No
áudio, o Instituto NET Claro Embratel confere um dia de ensaio no estúdio e
ouve o elenco, a produção, a equipe da escola, além do diretor e contador de
histórias, Giba Pedroza, e da professora de Língua Portuguesa, Maria Ângela
Biazin. Para ela, “a radionovela proporciona uma aula diferente e desperta nos
alunos o gosto pela leitura, que abre porta para tudo, ao trabalhar o
entendimento de texto, a ortografia e a oralidade”.
Narradora,
Maria Fernanda, de 10 anos, corrobora a opinião da professora: “meu vocabulário
está aumentando, eu estou aprendendo novas palavras. Tenho de saber falar
corretamente”. Já a roteirista Eduarda, que também tem 10 anos, reforça que
criar as falas das personagens é algo diferente do que faz no dia a dia da
escola e que isso a estimula a escrever melhor.
Conhecido
contador de histórias, Giba Pedroza se surpreendeu ao receber o convite da
escola e se deparar com o estúdio de rádio que encontrou. “Eu fiquei muito
feliz, porque o rádio é um instrumento educacional muito forte, que estimula a
imaginação”, afirma. Durante o ensaio, isto pode ser comprovado. O pequeno
Rafael se transforma em um gigante loiro de cerca de 6 metros de altura e olhos
azuis, na trama em que é um dos atores.
A
professora Maria Ângela Biazin cita criatividade e organização como os
principais benefícios que a prática traz para os alunos e ressalta que isso
reflete nas demais atividades na escola. “Na sala de aula, precisamos de muita
criatividade em todos os momentos, não só na aula de Português. Já a
organização traz disciplina à turma”. E conclui: “Eles gostam muito (das aulas
de rádio) porque sai do natural. Para os alunos, escola é carteira e lousa. De
repente, eles estão fazendo um trabalho em que demonstram toda a potencialidade
que têm”.
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