E que golaço! José Silvério estreia na Rádio Capital de São Paulo em clássico dia 12 de junho
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Arte feita a partir de foto de Lucas Seixas / UOL |
Natural de Itumirim, pequena cidade localizada ao sul de Minas Gerais, que não tinha nem time de futebol, Silvério é uma das maiores estrelas da narração do país e dá continuidade ao estilo de outros dois grandes nomes dessa arte, Nicolau Tuma e Pedro Luiz. Velocidade e precisão lance a lance são as marcas do “pai do gol” que trabalhou em rádios como Itatiaia e Inconfidência, em Belo Horizonte, Continental e Tupi, no Rio de Janeiro, onde trabalhou como corresponde para a Tupi de São Paulo, no início dos anos 1970. Em 77, é um dos que teve a oportunidade de narrar o gol de Basílio que tiraria o Corinthians de um jejum de títulos. Alguns meses antes, tinha sido escalado como titular da Jovem Pan, em São Paulo.
Depois da Pan, Silvério ficou 20 anos como títular absoluto da equipe da Rádio Bandeirantes, até se afastar no início deste ano.
Além de ser conhecido pelo poder de, muitas vezes, antever o gol, a emoção é outra marca que sempre valorizou, como conta nesta entrevista ao repórter Helvídio Mattos, em 1994, na TV Cultura.
Depois de ganhar mais de 20 vezes o Prêmio da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo, José Silvério hoje dá nome ao troféu Aceesp.
No início de setembro, ao participar de uma live da União dos Narradores e ser entrevistado por Marcelo do Ó, Carlos Fernando e Napoleão de Almeida, o pai do gol afirmou que um dos motivos pelos quais deixou a locução esportiva é o fato de ter cansado da opção das rádios de transmitir as partidas de futebol dos estúdios e não das cabines dos estádios.
Durante a carreira, Silvério narrou onze Copas do Mundo e três finais da seleção brasileira (duas vitórias, em 1994 e 2002, e uma derrota, em 1998).
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