Parapoucos: mídia aberta perde paralimpíadas

Grupo de cegos acompanha sessão do filme Paratodos. Aplicativo Whatscine permite baixar conteúdos acessíveis.

Em 2012, o diretor de cinema Marcelo Mesquita estava em casa e, despretensiosamente, ligou a TV. Amante de esportes, deparou-se com uma cena que jamais esqueceria. O Bolt das Paralimpíadas de Londres Oscar Pistorius fica atrás do brasileiro Allan Fonteles.

Essa imagem mudaria o jeito de ver o mundo do documentarista. Ali nascia a ideia de realizar o incrível filme Paratodos, que acompanha a rotina de alguns dos nossos atletas paralímpicos de alto rendimento. Ao fazer a cobertura de uma sessão no Cine Frei Caneca e ter a oportunidade de acompanhar um debate com Mesquita e a nadadora Susana Ribeiro, com a finalidade de produzir um áudio sobre a distribuição do filme em escolas públicas, também descobri como o Brasil é relevante nessas disputas.

Pois bem. Depois que acompanhamos uma bela cobertura das Olimpíadas tanto na TV aberta quanto no rádio, por meio de grupos como Bandeirantes e Globo, tinha a expectativa de que poderia assistir e ouvir as Paralimpíadas conquista a conquista. Mas se há deficiência nos jogos paralímpicos, ela está só neste quesito: na (falta) de cobertura ao vivo dos eventos na mídia aberta.

Entendo que há avanços, pois pelo menos há uma série de reportagens sobre nossos atletas e também foi fundamental o papel de emissoras como a Bradesco Esportes FM (e demais rádios do Grupo Bandeirantes), CBN e da TV Globo, que tem apresentado séries sobre o tema em vários de seus programas para o sucesso de público nas arenas dos jogos. No entanto, o fato de estarmos batendo recordes e vendo atletas se superar a cada prova em pleno Rio de Janeiro deveria contar com uma cobertura exemplar.

Quem sabe, diante dos resultados de agora, a cobertura em Tóquio, daqui a 4 anos, seja finalmente merecedora de Ouro nas Paralimpíadas.

Paratodos tem sessões em escolas públicas em todo o Brasil.

Meu filho aprendeu a olhar para outros esportes e a admirar exemplos de vida como a da nadadora Susana Schnarndorf Ribeiro

JMendes tem revelado um novo olhar para nossos atletas 

Yohansson do Nascimento é campeão também em simpatia.
Aqui, em foto no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo


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