Lançamento: A história do outro muda a gente: Por que precisamos ouvir as pessoas?

Todo mundo tem uma história para contar, mas você acredita que conversas são transformadoras? Lucas Galdino e Alexandre Simone, criadores do Ter.a.pia, creem cada vez mais nisso pela esperança de viver dias melhores.

Compartilhar ideias e fazer com que o outro entenda a diversidade das existências não é uma tarefa simples nem se resolve com uma única mensagem de texto. Em 2018, o canal nasceu a partir de uma vontade de levar histórias que precisam ser ouvidas até para quem acha que não precisa se conectar com elas.

Em vídeos intimistas, Lucas e Alexandre gravam pessoas contando suas histórias de vida enquanto lavam a louça. É nessa atividade cotidiana e onipresente que as emoções acabam fluindo e nasce uma conexão com o público ao dividir um pouco de suas experiências.

Agora também no livro, com lançamento em 20 de fevereiro, a dupla traz de volta algumas das histórias mais marcantes do canal e levanta reflexões sobre elas, com o desejo de mostrar que se abrir para aprender com a vivência dos outros não é só possível como essencial. Afinal, não podemos esquecer que o diálogo não tira férias.

Alexandre Simone e Lucas Galdino nos bastidores da gravação (crédito: divulgação/ Juliana Frug)

Sobre o Ter.a.pia

No dia 8 de fevereiro, entrou no ar um episódio do podcast do Instituto Claro em que Alexandre Simone e Lucas Galdino explicam o propósito dos canais em áudio e vídeo do Ter.a.pia. Ouça aqui ou no player abaixo:


  

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Próximo de completar 5 anos dos canais digitais “Histórias de Ter.a.pia” e com o lançamento do livro “A história do outro muda a gente”, os comunicadores Alexandre Simone e Lucas Galdino fazem da hora de lavar louça um momento de reflexão e de ouvir e contar histórias de pessoas comuns.

“O legal de trazer pessoas anônimas é trazer uma representatividade muito do dia a dia. Eu não quero que as pessoas só se inspirem pelas pessoas que elas estão assistindo no vídeo ou no podcast. É meio que ativar um olhar de que, talvez, a pessoa que está ali do seu lado, no trabalho, na família, vizinho, é alguém que pode te inspirar e te trazer alguma coisa”, explica Alexandre.

O maior valor dos conteúdos é a proposta de estabelecer um canal de escuta para histórias e gerar identificação com quem ouve. “Algumas pessoas assistem às histórias como puro entretenimento. E, de certa forma, está na rede social, enfim, tem um quê de entretenimento ali também. Mas o propósito do ‘Ter.a.pia’ não é esse, não é entreter. É levar realmente discussões de pautas importantes para a sociedade, de uma forma, talvez, não simplória, mas singela ali, simples”, defende Lucas.

Vínculos afetivos

Os criadores definem os canais que mantêm como espaços para gerar vínculos afetivos entre quem conta e quem ouve as histórias. Segundo Lucas e Alexandre, o ter.a.pia é aquela macarronada de domingo, aquele encontro de amigos que sempre acaba na pia com reflexões de vida.

“Quando a gente traz uma mulher trans para contar a história dela, a história dela não é só para você (pensar) ‘poxa, tadinha, sofre’. É para você repensar de repente as coisas que você já fez que podem soar transfóbicas ou que são transfóbicas, quando a gente traz uma pessoa preta, também, é para a gente pensar o racismo estrutural do dia a dia”, comenta Lucas.

“A longo prazo, são histórias que a gente conta que a gente espera que um dia não precise mais contar elas. Essa é a grande intenção”, conclui Alexandre.

Os conteúdos também são divididos em playlists no canal do YouTube, como “Histórias para além da deficiência”, “Histórias transformadas pela educação”, “Histórias de luto”, “Amor de pai” e “Histórias f*das de mulheres f*das”. Já “A vida continua”, criada para falar sobre a importância da doação de órgãos, conta a experiência de doadores e pessoas que receberam órgãos por meio de transplante.


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