Há 87 anos o Brasil vive sintonizado no rádio
7 de setembro de 1922. Centenário da Independência. Uma importante exposição marca a data na então capital federal, Rio de Janeiro. O público brasileiro ouvia uma transmissão pioneira de rádio. Pelas caixas acústicas espalhadas no local, entre ruídos, foram sintonizados: o pronunciamento do Presidente da República, Epitácio Pessoa, a ópera O Guarani, de Carlos Gomes, transmitida diretamente do Teatro Municipal, além de conferências e diversas atrações.
Roquette-Pinto em sua casa no Rio de Janeiro e o rádio que mantinha à cabeceira da cama (Foto: ABL)
Na ocasião, “muito pouca gente se interessou pelas demonstrações”, atesta Roquette Pinto, que, diferentemente da maioria, logo se encantou com a novidade. O desinteresse se deve à falta de qualidade do som emitido por dois transmissores norte-americanos, especialmente importados para o evento. Apesar das falhas, Roquette Pinto percebeu o potencial do meio de comunicação e, em virtude de seus empenhos pessoais, ficou conhecido como o pai do rádio no Brasil.
Roquette Pinto também está por trás da inauguração da primeira emissora brasileira. Juntamente com Henrique Morize (então presidente da Academia de Ciências), ele inaugurou em abril de 1923 a primeira emissora brasileira, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. A propósito, não é a toa que as primeiras emissoras mantinham em seu nome os termos “sociedade” ou “clube”. As emissoras surgidas durante toda a década de 1920 eram empreendimentos não-comerciais mantidos por grupos de aficcionados por rádio, geralmente cientistas, intelectuais e pessoas ligadas à cultura. Com o objetivo de disseminar cultura e informação, na realidade, serviam mais para a diversão dos membros dessas sociedades ou clubes, mantidos por sócios que pagavam mensalidades e cuidavam também de suas programações, inclusive escrevendo, tocando, cantando e ouvindo eles mesmos. Um fator que contribuía muito para isso era o elevado custo do aparelho receptor.
Marcelo Gomes, leitor atento e ouvinte participativo dos nossos boletins, tem contribuído com opiniões e materiais relevantes sobre rádio. No último dia 9 de julho, recebi por e-mail o número 1 da revista "Antenna - radio para todos", de abril de 1926. Segundo Gomes, "através dela, que tinha o honroso título de "órgão official do radio clube do Brasil", dá para se ter uma ideia daqueles primórdios do rádio brasileiro, que na ocasião contava com o espantoso número de 10 (dez) estações (pag 34) - reparem a potência de transmissão de cada uma delas. Interessante também é a proposta para sócio, na página 24."
Baixe aqui o arquivo em PDF da edição número 1 da revista
Nosso colaborador de Macaé, afirma ainda que até uns 2 anos atrás a revista ainda circulava, com o nome de "Antenna - Eletrônica popular".
Roquette-Pinto em sua casa no Rio de Janeiro e o rádio que mantinha à cabeceira da cama (Foto: ABL)
Na ocasião, “muito pouca gente se interessou pelas demonstrações”, atesta Roquette Pinto, que, diferentemente da maioria, logo se encantou com a novidade. O desinteresse se deve à falta de qualidade do som emitido por dois transmissores norte-americanos, especialmente importados para o evento. Apesar das falhas, Roquette Pinto percebeu o potencial do meio de comunicação e, em virtude de seus empenhos pessoais, ficou conhecido como o pai do rádio no Brasil.
Roquette Pinto também está por trás da inauguração da primeira emissora brasileira. Juntamente com Henrique Morize (então presidente da Academia de Ciências), ele inaugurou em abril de 1923 a primeira emissora brasileira, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. A propósito, não é a toa que as primeiras emissoras mantinham em seu nome os termos “sociedade” ou “clube”. As emissoras surgidas durante toda a década de 1920 eram empreendimentos não-comerciais mantidos por grupos de aficcionados por rádio, geralmente cientistas, intelectuais e pessoas ligadas à cultura. Com o objetivo de disseminar cultura e informação, na realidade, serviam mais para a diversão dos membros dessas sociedades ou clubes, mantidos por sócios que pagavam mensalidades e cuidavam também de suas programações, inclusive escrevendo, tocando, cantando e ouvindo eles mesmos. Um fator que contribuía muito para isso era o elevado custo do aparelho receptor.
Marcelo Gomes, leitor atento e ouvinte participativo dos nossos boletins, tem contribuído com opiniões e materiais relevantes sobre rádio. No último dia 9 de julho, recebi por e-mail o número 1 da revista "Antenna - radio para todos", de abril de 1926. Segundo Gomes, "através dela, que tinha o honroso título de "órgão official do radio clube do Brasil", dá para se ter uma ideia daqueles primórdios do rádio brasileiro, que na ocasião contava com o espantoso número de 10 (dez) estações (pag 34) - reparem a potência de transmissão de cada uma delas. Interessante também é a proposta para sócio, na página 24."
Baixe aqui o arquivo em PDF da edição número 1 da revista
Nosso colaborador de Macaé, afirma ainda que até uns 2 anos atrás a revista ainda circulava, com o nome de "Antenna - Eletrônica popular".
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