Nada além de 1 ou de 2 minutos?

 
Segunda-feira acordo às 5 da matina, em função de ser o dia do rodízio do meu carro (em São Paulo, veículos com placas finais 1 e 2 não devem circular entre 7 e 10 h.) e pela necessidade de estar em sala de aula às 7:30 h.

Isto fez com que eu ficasse um bom tempo sem conseguir acompanhar o Programa Silvio Santos nos finais de noite de Domingo. Ontem, no entanto, com insônia, acabei por assistir ao "Nada Além de 1 Minuto".

A "novidade" tem nada além de 64 anos. Você ouviu bem. Em 1947, pelas ondas da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, estreia um programa de Variedades, com produção de Paulo Roberto e patrocínio do Sabonete Gessy. A atração era levada ao ar às 8 da noite e durava meia hora. O nome? "Nada Além de dois Minutos". Intercalando números musicais de grandes estrelas da época, como as rivais Marlene e Emilinha e quadros com o elenco de radioteatro da emissora, na época, mais ouvida do Brasil.

Ouça aqui a abertura do original do programa, que estreou em agosto de 1947.

Segundo descrição do programa, extraída do acervo da Collectors Editora, a ideia do programa era "irradiar qualquer número artístico em apenas dois minutos: músicas, anedotas, fatos históricos, estatísticas, curiosidades, teatros etc. Eram contadas pequenas histórias e apresentados pequenos diálogos cômicos."

Silvio Santos não foi o primeiro a se basear no programa de Variedades da Nacional. Em depoimento ao programa "Você é Curioso?", da Rádio Bandeirantes, o jornalista José Paulo de Andrade revelou que o "Pulo do Gato" para o sucesso do radiojornal que está há 38 anos no ar é se basear no conceito do antigo programa da Rádio Nacional. Zé Paulo revela que no matutino de maior audiência do rádio atualmente nenhum assunto fica mais do que 2 minutos no ar.

Conheça mais sobre "O Pulo do Gato" nesta edição especial do podcast Peças Raras, de abril de 2008. A revelação sobre a relação entre a antiga atração da Rádio Nacional e a agilidade do noticiário da Rádio Bandeirantes está aos 17 minutos e 40 segundos.





Comentários

Nada se cria, tudo se copia. Parece que tudo é uma releitura de algo já feito algum dia.

Abraços!!

Alessandro
http://blog42195.blogspot.com/

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