Emplasto Cloroquina: o legado de Brás Cubas?





Destaque no "Rádio Meme", da Rádio ONCB, quadro criado por Marco Aurélio para o programa "Todas as Vozes", ouça qual a relação entre Brás Cubas e o presidente do Brasil. 

Em março de 1880 (há 140 anos),  Machado de Assis divulga - na Revista Brasileira - as Memórias Póstumas de Brás Cubas. Considerado o mais importante escritor brasileiro, Machado de Assis foi autor de poesia, romances, contos, teatro... sempre com visão crítica e muita ironia.

A ironia dá aos textos do autor abrangência e atualidade. Aliás, esta é uma das marcas do Realismo no Brasil, movimento que é inaugurado justamente no final do século 19 com o lançamento do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Os romances realistas buscam a observação. O fato em si não tem grande importância, mas sim a reflexão que se faz desse determinado fato.
Memórias Póstumas de Brás Cubas integra a segunda fase literária de Machado de Assis, momento em que desenvolve seu estilo pessimista, com um tom de desilusão e sarcasmo.  Temas como casamento, adultério, egoísmo e vida em sociedade são tratados de maneira crítica e implacável em Memórias Póstumas.

O livro começa a partir da morte de Brás Cubas. Ele havia ficado doente quando buscava a fama por meio da criação de um Emplastro que levaria seu nome... seria um remédio capaz de curar todos os males da humanidade. É depois de morto que narra suas memórias no Rio de Janeiro do século XIX.

Emplastro ou emplasto é um remédio para uso externo que se adapta à pele, uma espécie de curativo. O termo também é usado para se referir a alguém insignificante. Por exemplo, podemos dizer: aquele emplasto nunca ajudou em nada a diminuir o risco de contaminação pelo vírus. Ainda serve para se referir a uma pessoa que incomoda, um sujeito chato... Um emplasto.

As Memórias Póstumas do “defunto autor”, como se define o protagonista, trazem o ponto de vista amargo sobre uma sociedade em que as instituições estão baseadas na hipocrisia.



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