Homenagem a Gil Gomes
Gil Gomes em entrevista na TV Cultura |
Durante as décadas de 1970 e 1980 o estilo de contar
histórias de Gil Gomes garante à antiga Rádio Record uma marca registrada das
manhãs em cidades do Estado de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso.
Se estivesse vivo, o comunicador, que nos deixou no final de
2018, teria completado 80 anos de idade neste ano. Para lembrar Gil Gomes, você
vai acompanhar algumas peças realmente raras: tem o repórter policial
participando do Café com Bobagem no início da década de 1990, uma história completa
narrada por Gil Gomes e o quadro Interferência, que produzo para o “Você é
Curioso?”, da Rádio Bandeirantes, em que apresento uma conversa que o saudoso
comunicador manteve com um outro repórter bem peculiar, Ernesto Varela,
personagem vivido por Marcelo Tas.
E já que o Gil Gomes comentou sobre as inúmeras imitações
que eram feitas dele, aqui você ouve uma participação do repórter policial no
Café com Bobagem. No início dos anos 1990, a turma estava na Rádio
Bandeirantes, mas até hoje continua no ar no SBT e na Transcontinental FM.
E já que o assunto é imitação de Gil Gomes, Mario Okuhara, amigo
radialista e também colaborador do “Você é Curioso?”, com o boletim Mais 81,
fez um boletim incrível sobre programas policiais no Japão.
O sucesso de Gil Gomes, que foi uma das maiores audiências
do rádio nos anos 1980, ao lado de outros grandes comunicadores como Eli
Corrêa, Afanázio Jazadji e Zé Bettio, vai além de um talento singular para
contar histórias.
Era na voz dele que o público acompanhava a dramatização de
crimes violentos e envoltos em mistério. Também havia histórias de amor e
ciúme. E é uma dessas que você vai ouvir com o jeito único de contar histórias
que marcou a trajetória de Gil Gomes no rádio.
Em julho de 1989, Maria Tereza P. Costa defendeu sua
dissertação de mestrado. Intitulada “A justiça em Ondas Médias: o programa Gil
Gomes”, o texto, cujo link você encontra na postagem sobre essa homenagem ao
radialista no blog Peças Raras, analisou histórias e cartas dos ouvintes entre
os anos de 1977 e 1987. Nessa época, o repórter policial estava no auge de sua
carreira e era líder de audiência pela Rádio Record de São Paulo. Compartilho
aqui algumas observações da hoje antropóloga e professora Maria Tereza Costa
contidas na dissertação, que foi lançada pela Editora da Unicamp:
Antes de Gil Gomes, a crônica policial radiofônica já havia
contado com outros programas que fizeram história, como “O Crime não Compensa”,
na Rádio Record, e o não menos famoso “Patrulha Bandeirantes”. Aliás, essa foi
a primeira reconstituição que fizemos em 2014, quando comecei o quadro
Interferência no “Você é Curioso?”. A dramatização contou com a participação
mais do que especial de Salomão Ésper. É com esse áudio que vamos terminar mais
uma edição do podcast Peças Raras.
Outras reconstituições de programas de rádio feitas no Interferência
podem ser acompanhadas no blog www.interferenciaradiobandeirantes.blogspot.com
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