Literatura e dramatização em áudio: do rádio ao podcast



Estamos em meados da década de 1950. Um dos destaques da programação da Rádio Bandeirantes é o História da Literatura Brasileira. A relação entre rádio e literatura parece ideal. Ambos mexem com a imaginação.

Acompanhe o boletim Interferência, do programa "Você é Curioso?", da Rádio Bandeirantes, no vídeo abaixo:


Ouça uma edição completa com 30 minutos de duração no podcast Peças Raras sobre o assunto:

Adaptações de obras literárias são a origem do radioteatro. Aqui mesmo no Interferência já reconstituímos o principal capítulo dessa história: a dramatização de “A Guerra dos Mundos”, em 1938, a partir do livro de HG Welles.

Voltando à literatura brasileira, antes de Moles, a Bandeirantes conta com José Medina e Otávio Gabus Mendes, que também no final da década de 1930, fazem adaptações de grandes textos para o rádio.

Agora, na era dos podcasts, os radioteatros ou audiodramas também se voltam à literatura brasileira. As adaptações estão no aplicativo Palco Literário Digital.  Lá você encontra alguns trechos para entrar em contato com as obras que já estão disponíveis. Uma delas é o clássico “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis.


ACHADOS DO ESPAÇO
Na década de 1930, para estimular o consumo de seus produtos, a Lever decide trazer ao Brasil uma experiência bem-sucedida na matriz: a Lintas, uma agência de publicidade para atender exclusivamente à Unilever.


A partir dos anos 50, a marca passa a patrocinar a produção e distribuição de radioteatros. Já, no final dos anos 1980, sob o comando de Castro Negrão, a Lintas dá nova orientação às produções da Gessy Lever. Entra no ar o projeto Radiocriatividade, tendo por base três atrações: Radio Romance, Radio Riso e Radio Encontro, do qual destacamos a participação de Moacyr Franco no episódio de número 13 do podcast Peças Raras.

Mas como o capítulo que estamos tratando aqui é o da adaptação de obras literárias para o áudio, acompanhe uma edição completa do Rádio Romance – incluindo jingles de produtos da Unilever – do final dos anos 80.


As fitas cassetes com as criações da Lintas eram enviadas às rádios interessadas, com três minutos de publicidade dos variados produtos de limpeza e de toalete da atual Unilever. Aliás, apenas por curiosidade, as novelas nos Estados Unidos, onde o gênero nasceu, são chamadas de “soap opera” justamente porque foram criadas para anunciar produtos de limpeza para o lar e de higiene pessoal.

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