Mano Brown recebe Drauzio Varella no 2º episódio do podcast Mano a Mano, do Spotify

 

Crédito: Jef Delgado/Spotify

Lançado na semana passada e com novos episódios toda quinta-feira, o original Spotify Mano a Mano traz no 2º episódio uma conversa entre Mano Brown e Drauzio Varella. 

No podcast você vai perceber que existe mais coisas em comum entre o médico e o rapper do que imagina. O papo flui de forma agradável e sem preocupação de agradar. Quem ouve, deve chegar às próprias conclusões se amou ou odiou, como brinca Brown no episódio de lançamento do podcast. 

É justamente neste ponto que está a qualidade de Mano a Mano, ao nos fazer escutar e refletir sobre pontos que compõem a sociedade brasileira. No bate-papo com Varella, a atuação dele em presídios e as constatações que traz deste ambiente nos permitem entender muito da estrutura do país em que estamos e dos preconceitos e desigualdades que nos assolam em pleno século 21. 

A seguir, alguns detalhes da entrevista, que pode ser escutada neste link

"A hora que você conseguir dar escola de qualidade para todos, o Brasil vai virar um grande país (...) uma hora o Brasil vai ter que dizer basta", opina o médico. "Às vezes eu penso que o Brasil foi construído em cima de uma pirâmide de injustiças. E se você quiser arrumar o Brasil, você vai ter que tirar o tijolo que está lá na base, lá embaixo, lá que tem que mexer, e aí cai, porque o Brasil foi feito em cima da desigualdade. O sistema de classe, a coisa da raça veio junto ou veio primeiro, acho que primeiro, depois os dois juntos, nunca mais desgrudou, a gente ficou atrelado à pobreza", complementa o MC.

O médico paulistano conta sobre a infância em meio aos imigrantes, a carreira e as experiências como médico no sistema prisional brasileiro e, junto com Mano Brown, conversa também sobre a morte, o medo, a sociedade, a pandemia e a sobrevivência nos tempos atuais. Mano Brown, por sua vez, revela que teve uma época em que achou que morreria cedo por alguma decisão errada. "Quando você tem a cabeça vazia, a cabeça de vento, é o momento mais frágil da vida de uma pessoa. Eu podia ter parado em uma detenção também, fácil. Eu já me imaginei, em alguns momentos da minha vida, achava que não ia viver muito", conta. E também relembrou a gravação do videoclipe Diário de um detento, no Carandiru, em São Paulo. "Só de ter gravado aquele clipe lá dentro, despertou numa rapaziada que era mais ligada em música, essa esperança de poder fazer um som e começou a surgir os grupos (de rap)", diz.

O segundo episódio do podcast Original Spotify Mano a Mano vai ao ar nesta quinta-feira, 02, grátis, só no Spotify. Ao todo, são 16 episódios, toda quinta-feira, com assuntos importantes, interessantes, histórias reveladoras no melhor estilo 'mano a mano', um Original Spotify. Escute 
aqui ou no player abaixo:


Original Spotify Mano a Mano
Direção criativa: Spotify Studios e Agência GANA
Produção executiva: Renata Hilario, Gilvana Viana, Kaire Jorge e Eliane Dias
Produção: Spotify Studios, MugShot e Boogie Naipe
Produtoras: Jaque de Paula e Tainá Vieira
Consultoria jornalística: Semayat Oliveira
Direção: Arthur Abrami
Edição: Leandro Rodrigo e Henrique Oliveira
Música original: Bruno Zibordi, Francisco Reginato e Mauricio Herszkowicz
Identidade visual: Colletivo (arte) e Pedro Dimitrow (foto)



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